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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Com enredo que falou da vida do homem do campo e retratou os efeitos da seca, a Vila Isabel sagrou-se a grande campeã do carnaval carioca



"A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um...", foi esse enredo, falando sobre a simplicidade da vida do homem do campo, que a Vila Isabel sagrou-se nesta tarde campeã do carnaval carioca. A azul e branco escolheu a agricultura como forma de mostrar como a vida no campo é dura, de muito trabalho, mas também é muito alegre e simples, independentemente do tamanho de suas terras ou do trabalho, seja num sítio ou em uma grande fazenda. A Vila mostrou os hábitos simples do povo do interior, com suas modas de viola, o cocoricó do galo às 5h ou com as "conversas de cumpadi". 

Mas, lembrou de refletir também os efeitos da seca que assola o nordestino e que, atualmente, vivem  pior estiagem dos últimos trinta anos. Água para plantação já não há mais e estamos prestes a conviver sem água para o consumo humano, sem falar que os animais já morrem há meses por falta do precioso líquido. A alegoria que chamou atenção durante o desfile da agremiação foi um enorme tatu, de 15 metros de comprimento, que marcou as agruras do agricultor e falou da luta dos homens e animais contra a fome e a seca. Mesmo em extinção, ele é importante para o equilíbrio do ecossistema, pois se alimenta de formiga e cupins. Apareceram as representações das inundações e das secas que atrapalham a colheita. 


O terceiro setor trouxe para a Sapucaí o carro "Gafanhoto", com pragas do campo. O lado produtivo do interior foi simbolizado com a imagem do girassol. A renovação da vida apareceu no quarto e quinto setores, com flores, frutas, legumes e produtos diversos. Também foram destacados os imigrantes portugueses, italianos, ucranianos, japoneses e alemães, importantes para o desenvolvimento da agricultura no Brasil. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira fantasiou-se de espantalho e uma plantação de milho. Parabéns para a carnavalesca Rosa Magalhães.




rpscom1