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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

'MILAGRE': ADVOGADA LEVA 4 TIROS E É SALVA POR SILICONE

A advogada Paloma Gurgel de Oliveira Cerqueira, 28, atingida por quatro tiros de pistola .40 em atentado em Natal, ocorrido no dia 19 de dezembro, disse que foi salva por um milagre.

Uma das próteses de silicone que ela tem nos seios impediu que a bala deflagrada para atingir o tórax entrasse em outros órgãos. O projétil perfurou o peito esquerdo, entrou no silicone e saiu pela lateral do corpo sem atingir o coração nem nenhum órgão interno.

Cerqueira estava em uma lanchonete na avenida Ayrton Senna, na zona sul de Natal, a convite da sócia, quando um homem entrou no estabelecimento e disparou dez vezes contra a advogada.

Quatro tiros atingiram o braço direito, as duas pernas e um dos seios. Outros quatro entraram na bolsa, mas os projéteis pegaram em objetos, como pinça e óculos, desviaram o trajeto e não feriram ninguém. A pistola .40 é de uso restrito da Polícia Civil.

Em entrevista ao UOL, nesta segunda-feira (4), a advogada falou que o atirador achou que ela estava morta quando disparou o tiro no peito, porque ela caiu no chão, encolheu o corpo junto às pernas para proteger a cabeça e ficou imóvel. "Eu me deitei no chão e tentei proteger minha cabeça encostando nas pernas e me fingi de morta. À queima-roupa, o homem fez o último disparo para atingir minha cabeça, que estava próxima às pernas, mas a bala estraçalhou o meu joelho esquerdo. Naquele momento, pensei: 'Eu morri', mas o milagre me salvou", contou ela à reportagem.

Horas antes de sofrer o atentado, ela havia chegado de Fortaleza (CE) e, no mesmo dia, iria viajar para Catanduvas (PR). "O autor do crime sabia meu roteiro porque eu iria passar apenas oito horas em Natal e seguiria viagem. Estava no escritório quando minha sócia ligou, me chamando para lanchar. Eu não estava sendo seguida pelo caminho porque observo sempre o movimento. Quando o homem entrou na lanchonete, apontou a arma só para mim. Eu pedi que ele não fizesse aquilo, mas ele começou a atirar".




CássioFotografias com PrimeirasNoticias