Padre intermedia entendimentos e professores voltam às aulas depois de cinco meses
Foto: padre Djacy intermediou entendimento entre prefeito e sindicato.
O que parecia impossível aconteceu: finalmente, o prefeito de Pedra Branca, Anchieta Nóia, e o magistério municipal sentaram para conversar, e da conversa nasceu o entendimento. E do entendimento, uma boa notícia para a educação local: depois de cinco meses em greve, os professores retornaram à sala de aula nesta terça-feira, 30, conforme apurou a Folha (www.folhadovali.com.br).
O entendimento entre prefeito e educadores teve participação decisiva do padre Djacy Brasileiro, que intermediou o encontro de Anchieta e o sindicato da categoria, que é presidido pela professora Maria Wanderly e tem como assessor jurídico o advogado Paulo César, responsável pelas negociações. O encontro foi realizado nessa segunda-feira, 29, na casa paroquial: nada melhor do que um ambiente sagrado para pacificar os ânimos.
Depois de três horas de conversa, as duas partes assinaram um Termo de Compromisso. A Prefeitura se comprometeu em, num prazo de 15 dias, convocar o sindicato para discutir as reivindicações dos professores, e estes firmaram compromisso de acabar imediatamente a greve, e já cumpriram sua parte no acordo.
“Para mim, foi um fato histórico e inédito fazer o papel de mediador entre professores, que há cinco meses estavam em greve, e o prefeito municipal de Pedra Branca”, disse o padre Djacy, que assumiu a paróquia local no mês passado e já começou a desepenhar papel importante na vida social do município.
Os professores de Pedra Branca iniciaram o movimento grevista em março. Entre as reivindicações, eles cobram da Prefeitura o pagamento do piso salarial do magistério, que este ano é de R$ 1.187,00 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Mas um entendimento com o prefeito parecia difícil, tanto que foi necessária a intervenção de um representante de Deus na Terra para que, finalmente, a concórdia entre gestor e sindicato prevalecesse.
A greve acarretou grande prejuízo à educação local, mas é um direito dos professores, que prometem esforço para minimizar os estragos ao currículo escolar das centenas estudantes da rede municipal.
Por Isaías Teixeira/Sousa Neto/Folha do Vale