Um dos suspeitos de participar do assassinato de uma jovem de 24 anos, que foi estuprada e torturada antes de ser morta, foi preso nesta terça-feira (24). Gabryella Oliveira Bonfim Sampaio, de 24 anos, foi assassinada a facadas na noite desta segunda-feira (23), em uma casa em Vila Velha, no Espírito Santo. O suspeito preso aparece em um vídeo que foi enviado para o celular da mãe da vítima, com imagens da jovem sendo abusada sexualmente.
O namorado da jovem também é um dos suspeitos e ainda não foi encontrado pela polícia. Para o delegado Adroaldo Lopes, que comanda as investigações, o crime pode ter sido passional. Amparada pelos familiares, a mãe da jovem disse que deseja ver o assassino da filha morto. O crime aconteceu na noite desta segunda-feira (23). Segundo o delegado Adroaldo Lopes, horas antes de morrer, Gabryella estava em uma bar de Vila Velha, assistindo ao jogo do Brasil, com algumas amigas e o namorado. Em depoimento à polícia, as amigas contaram que a jovem foi embora do estabelecimento por volta das 20h, alegando ter que resolver um assunto com o companheiro. Cerca de três horas depois, a mãe dela, a doméstica Neize Oliveira Bonfim, recebeu uma ligação do namorado da filha, em que ele dizia que mataria a jovem. Minutos depois, um vídeo foi enviado por ele para o celular da doméstica. "Ele me ligou, falou que estava com ela, que ia abusar dela e ia matar. No momento não passou nada pela minha cabeça, pensei até que era brincadeira, que era papo de drogado. E depois enviou o vídeo. Quando tentei ligar para ele, ele já não atendia", disse. O vídeo, enviado às 22h53, foi feito pelo namorado da vítima, e mostrava o casal e um outro jovem. Nas imagens, Gabryella é xingada e obrigada a praticar sexo oral nos rapazes. "Só consegui ver o vídeo nesta terça, de manhã. Aí fiquei desesperada e saí atrás. Já sabia que ele tinha feito o que falou que ia fazer", disse a mãe da jovem.Neize contou que não gostava do namorado da filha porque, segundo ela, o rapaz é ex-presidiário e tem envolvimento com drogas.
"Eu não gostava dele, eu sentia que ele ainda ia fazer alguma coisa com a minha filha, eu falava com ela. Ele não prestava. Tudo era motivo para ciúmes, para brigas, para arrumar confusão com ela", falou. Ainda segundo a doméstica, Gabryella já havia sido agredida pelo suspeito na semana passada, mas não chegou a registrar ocorrência. Após acionar a polícia, Neize foi até a casa da avó do rapaz, onde ele morava há alguns meses. Ao delegado, ela contou que ninguém apareceu para atendê-la na porta da casa, mas que viu quando alguém pulou o muro de trás da residência. Ao chegarem na casa, os policiais não conseguiram entrar, porque o portão estava fechado. Apenas quando a avó do suspeito chegou em casa, os policiais entraram na casa e encontraram o corpo de Gabryella. Questionado sobre a postura dos policiais, que mesmo sob o indício do crime não entraram na casa, o delegado afirmou que eles agiram de maneira correta. "Não entraram porque não podia. Aparentemente, a ação dos PMs foi legítima e correta", falou. Cena do crime Gabryella foi encontrada em um dos quartos com um corte profundo e cinco facadas no pescoço. Ainda de acordo com o delegado, ela teve os cabelos cortados e estava com o aparelho celular na boca, que, segundo Adroaldo, pode ter sido deixado como alguma pista da motivação do crime. Na necrópcia, uma faca foi encontrada introduzida na genitália da jovem. Para Adroaldo, a forma como a vítima foi assassinada leva a crer que o crime foi motivado por alguma traição cometida por Gabryella. "Esse tipo de violência no órgão sexual da vítima é característico de crimes cometidos por traição", disse o delegado. 'Quero que ele morra' Muito abalada, a mãe de Gabryella disse que qualquer punição ainda é pouco para o assassino da filha. "Cadeia? Eu quero é que ele morra. Se eu puder matar ele, eu mato. Peço a Deus para não deixar eu encontrar com ele, porque eu preciso cuidar dos meus netos, mas se eu encontrar, eu vou presa, porque eu mato ele. Vou fazer com ele pior do que ele fez com a minha filha", disse. O namorado da vítima ainda não foi encontrado. O computador dele foi apreendido e está sendo utilizado pela polícia para tentar desvendar o crime.
CássioFotografias com PortalAdesgraça/ G1